Ser Professor do 1.º Ciclo

domingo, abril 09, 2006

Avaliação da aprendizagem e ‘rótulos’

Olá, mais uma vez!

É verdade, uma postagem que queria fazer há algum tempo. Fui adiando de a fazer por perceber que podia ser apenas mais uma para não ser correspondida e isso não queria.

Avaliação, rótulos, dúvidas, sucessos, modos de operar, burocracias, relações com os pais, relatórios, planos de recuperação, retenções, reuniões, …, eu sei lá que mais. Digam vocês!

Agora que acabou a avaliação, porque não a avaliação. Acabaram de a fazer. Está fresca. Digam lá o que vos vai na alma. O que resolveram bem, o que resolveram mal. O que ficou por resolver! Avaliação também porque já vos ouvi dizer ter sido das componentes da formação inicial que mereceria melhor atenção.

Rótulos, sim. Não de garrafas. Antes palavras/actos precipitados, indiciadores de posturas, que, de forma abrupta e seca, marcam crianças antes de terem oportunidades de mostrarem o que sabem e aprendem com os outros. E não sou eu que o digo. Trata-se de uma preocupação que já vos vi exteriorizar, repudiando as implicações que esta forma de ‘atalhar’ pode ter tanto para as crianças, como para a própria condição de professor do 1CEB.

Lembro que as outras postagens/comentários, que vão ficando para trás (apenas na ordem imposta pela barra de deslocação vertical, aí ao lado!) continuam à espera das vossas palavras, se assim quiserem e acharem oportuno. Não queria implorar, mas estou… Se todos lerem e escolherem uma situação para comentar/postar, ficamos com quinze (na melhor das hipóteses) excertos de textos para ler… e depois desses quinze outros virão… ou não.

1 Comments:

  • Boa tarde...
    Finalmente consigo retomar a minha participação neste blog.
    Tudo na vida tem os seus dilemas. Agir por um lado ou por outro é sempre um processo moroso, complexo e, penso não estar enganado, exige continuamente um novo alento, não esquecendo aqueles que de nós dependem de alguma forma.
    A propósito de avaliação, sendo este um processo fundamental, no ensino-aprendizagem, e regulador do mesmo -práticas, competências, objectivos, recursos - toda a gente sabe que a multiplicidade de características sócio culturais e cognitivas dos nossos alunos exige múltiplas formas e estratégias de conceber a forma de avaliar esses mesmos alunos.
    Gostaria de me debruçar sobre a questão dos Planos de Recuperação, na medida em que, até ver, ainda ninguém referiu esse aspecto.
    Em Janeiro último, o ME decidiu pôr cá fora um despacho (50 / 2006) visando reduzir a percentagem de retenções dos alunos com DA, através da implementação de estratégias adequadas e específicas. A medida em si parece muito boa. Apenas foi pena o Ministério não ter tomado a postura de explicar aos professores o que pretendiam com esse documento, e explicando o como se faz, ou seja a estrutura do mesmo. Podemos nos questionar: mas não devem ser os professores profissionais da educação capazes de tomar decisões e construir instrumentos curriculares prróprios adequados aos seus alunos, tendo em base o PCT?
    Sem dúvida....
    Só que de duas uma: ou deixam os professores gerir as suas práticas pedagógicas sem imposição de documentos impostos?, ou então se querem este tipo de democrácia educativa, é favor explicarem bem o que pretendem sem arrogância e com espírito de articulação com os professores, suas comunidades educativas e respectivas características, e sindicatos. Caso contrário, estaremos a cosntruir um modelo pseudo-democrática, onde as decisões são tomadas a nível macro, e sem qualquer negociação.

    By Blogger Nuno Monteiro, at 4/10/2006 1:44 da tarde  

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