(Des)burocratizar: eis a questão?
Cada dia que passa, cada ano que passa, cada projecto que se constrói... e sempre o mesmo sentimento:
A lógica burocrática das escolas continua a exercer uma pressão maior que qualquer tentativa de remar em sentido contrário.
Neste país, a realidade educativa parece ser cada vez mais controversa e até, diria eu, mais perversa. Porquê?
É simples...
Todos sabemos que há documentos orientadores da actividade curricular, lançado pelos sucessivos Ministérios da Educação que temos tido como o das Competências Essenciais.
Contudo, nós antigos formandos aprendemos no IEC a termos um espírito crítico sobre os normativos "macrodesign" e a adequarmos esses normativos aos nossos alunos. Pois é...
O pior é que cada vez mais os professores parecem estar sufocados por uma forma linear de ver a educação, onde o que conta é "chapar" abruptamente os chavões do Ministério que ele insiste em utilizar de uma forma desfuncional, no sentido, em que não contribuem para a efectiva aquisição de competências quer por parte dos profissionais, quer por parte dos alunos.
Senão vejamos:
Para realizar uma visita de estudo com os alunos é preciso preencher papéis, formulários, seguir a legislação,... enfim, tudo menos preparar devidamente a visita de estudo, pois o tempo é escasso...
Para sinalizarmos um aluno com NEE é preciso um ciclo inteiro a fazer relatórios, para depois... os especialistas na matéria, qd se chega aí, dizerem que afinal o aluno não tem nada... pois até nem é deficiente motor ou mental.
Para construirmos um projecto é preciso entregar a tempo, algo que é apenas um esqueleto de projecto, e não um instrumento curricular adequado e flexível.
Enfim... tudo a "pseudo-funcionar" como aliás acontece em tudo neste país...
Serei eu (in)competente?
Será que estarei a ser "revolucionário"?
Talvez... aliás, já era tempo da educação ser revolucionada no bom sentido... e de deixarmos de a basear em papéis...
O que distingue um professor...de um executor de normativos...é mesmo isto: pensar, actuar, planificar, colaborar, investigar..em função dos alunos...e não em função dos "Burocratas"...
A lógica burocrática das escolas continua a exercer uma pressão maior que qualquer tentativa de remar em sentido contrário.
Neste país, a realidade educativa parece ser cada vez mais controversa e até, diria eu, mais perversa. Porquê?
É simples...
Todos sabemos que há documentos orientadores da actividade curricular, lançado pelos sucessivos Ministérios da Educação que temos tido como o das Competências Essenciais.
Contudo, nós antigos formandos aprendemos no IEC a termos um espírito crítico sobre os normativos "macrodesign" e a adequarmos esses normativos aos nossos alunos. Pois é...
O pior é que cada vez mais os professores parecem estar sufocados por uma forma linear de ver a educação, onde o que conta é "chapar" abruptamente os chavões do Ministério que ele insiste em utilizar de uma forma desfuncional, no sentido, em que não contribuem para a efectiva aquisição de competências quer por parte dos profissionais, quer por parte dos alunos.
Senão vejamos:
Para realizar uma visita de estudo com os alunos é preciso preencher papéis, formulários, seguir a legislação,... enfim, tudo menos preparar devidamente a visita de estudo, pois o tempo é escasso...
Para sinalizarmos um aluno com NEE é preciso um ciclo inteiro a fazer relatórios, para depois... os especialistas na matéria, qd se chega aí, dizerem que afinal o aluno não tem nada... pois até nem é deficiente motor ou mental.
Para construirmos um projecto é preciso entregar a tempo, algo que é apenas um esqueleto de projecto, e não um instrumento curricular adequado e flexível.
Enfim... tudo a "pseudo-funcionar" como aliás acontece em tudo neste país...
Serei eu (in)competente?
Será que estarei a ser "revolucionário"?
Talvez... aliás, já era tempo da educação ser revolucionada no bom sentido... e de deixarmos de a basear em papéis...
O que distingue um professor...de um executor de normativos...é mesmo isto: pensar, actuar, planificar, colaborar, investigar..em função dos alunos...e não em função dos "Burocratas"...
2 Comments:
Olá Nuno.
Muito bem; foi o primeiro a tomar a ousadia/coragem de inaugurar as 'postagens' realizadas por professores (ex-alunos).
Tudo o que diz está muito bem; é a sua leitura como Professor de uma realidade que, presumo, não lhe agrada, pelo que, à sua maneira, tenta dar um contributo para que algo possa mudar, no sentido da melhoria das aprendizagens das crianças.
De qualquer maneira, lembro-lhe que a primeira entrevista foi sobre a “formação inicial”. Nesse sentido, gostaria também de o ‘ouvir falar’ (ver escrever!) mais direccionado para essa temática (teremos, certamente, tempo de ir ao processo de iniciação profissional).
Nota: Quanto ao comentário que fez na postagem 'Modelo integrado e flexível de formação de professores', faria mais sentido como uma nova postagem ou como comentário à minha postagem 'Primeira entrevista: Turma 1 (17-12-2005)'. Faz isso? Se precisar de ajuda, diga alguma coisa.
By Carlos Silva, at 12/20/2005 1:51 da manhã
Uma questão para todos, mas mais especificamente para o Nuno e o Zé Pedro, porque foram vocês que colocaram a questão da ‘burocracia’ na escola e na própria formação inicial. O Nuno também já falou, noutro local, a propósito da colaboração, num trabalho mais em proveito de uma nota/classificação do que propriamente para o desenvolvimento de competências do perfil profissional do professor, desvirtuando o sentido do processo de formação. Então, como poderia ser avaliado um processo de formação de um futuro professor sem essa ‘burocracia’, sem esses 'papéis' a mais, sem esses subterfúgios que desvirtuam o sentido da formação (do processo) e colocam a ênfase nos resultados finais?
Como já referi, se quiserem podem também falar da ‘burocracia’ na escola, embora teremos tempo para isso especificamente aquando da próxima entrevista.
By Carlos Silva, at 1/19/2006 1:15 da manhã
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